A ESCRITA COM R.R BEATRICE

Olá pessoal! Tudo bem com você?
Espero que sim Prazer, Nay e Bem Vindo(a) ao blog!

O post de hoje faz parte da série bate papo sobre escrita, clique aqui para ver outros posts dessa série. E nesse post teremos a R.R Beatrice uma escritora no Wattpad e que possui treze obras publicadas, eu já li a maioria de seus livros e adoro muito, a escrita dela é super fluída e aquelas histórias que tem tudo o que gostamos. Veja a sinopse de alguns de seus livros e para ver todas as suas obras, clique aqui. 

Série Paixão, tem seis livros no total, clique aqui para ler Paixão a Mil Por Hora o primeiro da série. 

Gwen Cassidy é uma boa garota. Estuda em uma escola católica rigorosa e é tratada a rédeas curtas por sua mãe exigente. Nunca fez nada de errado e morre de medo de fazer.Mas seu mundo está prestes a virar de cabeça para baixo quando ela conhece Aiden, um bad boy amigo do namorado de sua maluca melhor amiga.Gwen sente uma conexão forte com Aiden assim que o conhece, o que a deixa confusa, já que ela sente que deve odiá-lo por ser tão irritante.Mesmo assustada ao perceber que pode ter sentimentos por esse cara mais velho e cheio de marra, Gwen se deixa levar e acaba envolvida por Aiden, que lhe apresenta ao submundo das corridas ilegais e mostra que tudo bem ser uma garota má de vez em quando.

Reaching You, clique aqui para ler. 

LIVRO NEW ADULT (+18) Nina não ficou nada feliz quando sua mãe a levou para uma nova cidade para morar com seu novo padrasto e seu irmão postiço. Cameron não gostou nem um pouco quando seu pai trouxe outra mulher para morar na casa onde sua mãe havia vivido, e ainda por cima a sua nova madrasta tinha uma filha. Nina e Cameron eram irmãos agora, eles gostando ou não. Mas o verdadeiro problema surgiria quando os dois se dessem conta que estavam se apaixonando. Ambos se entregam um para o outro, isso até Cameron quebrar o coração de Nina e partir sem nenhuma explicação. Alguns anos se passam e na festa de noivado de sua melhor amiga Nina reencontra com Cameron, e para sua total surpresa ele virou um garoto de programa. O que Nina irá fazer ao reencontrar com seu antigo amor? Que motivos Cameron teria tido para abandonar Nina?

Série Filhos da Paixão, spin-off da Série da Paixão e clique aqui para ler o primeiro. 

Amélia é a única filha do famoso jogador aposentado Vincent Price e sua amada esposa Ella. No passado seus pais viveram uma turbulenta, porém linda história de amor e tudo o que Amélia queria era achar alguém com quem viver seu próprio conto de fadas.Porém a realidade é mais diferente do que ela esperava. Com irmãos superprotetores de um lado e uma paixão não correspondida do outro, Amélia acaba se envolvendo com alguém que está muito longe de ser um príncipe encantado.Depois de voltar para casa no Texas, Amélia reencontra sua antiga paixão e o desejo ressurge. Ainda machucada depois do seu último relacionamento, Amélia tem medo de se deixar levar pelo lindo e carrancudo Nate.Para piorar a situação, Nate tem um passado de traumas que Amélia desconhece, o que faz com que ele sinta que não é digno dela.Vince e Ella enxergam Nate como um filho e não fazem ideia de que sua amada Amélia e ele nutrem sentimentos um pelo outro.O que será que sua família acharia se Amélia aparecesse de mãos dadas com aquele que sempre foi tratado como seu irmão?Será que Nate irá parar de ser tão teimoso e admitir que sempre amou Amélia?E o mais importante de tudo, o que Nate será capaz de fazer quando descobrir que existe alguém ameaçando a mulher da sua vida?

Agora acompanhe as perguntas que eu fiz para ela, que foi super atenciosa e carinhosa comigo. Muito obrigada por participar! 

1. Primeiramente como você começa a história? Tem algum passo que costuma fazer?

Resposta: Bem, eu não tenho nenhum ritual ou algo assim. Sempre que tenho alguma ideia que eu ache que daria um livro legal, eu anoto em um caderninho (sim, em um caderno porque eu gosto de escrever à moda antiga também hehe) e depois de ter um número suficiente de ideias para ter uma noção do enredo eu simplesmente começo a escrever. Não tem muito segredo. O que eu sempre faço é escrever o que eu, como leitora, gostaria de ler. Então se, por exemplo, eu tenho uma ideia sobre um casal de amigos que se apaixonam, eu tento escrever aquilo que eu gostaria de ler em um livro desses, entende? Escrever é muito divertido pra mim, por isso quando me dá vontade eu simplesmente sento na frente do computador e deixo a história sair naturalmente. Em raras ocasiões é que eu me perco um pouco e demoro pra conseguir começar algum livro. Ufa, que resposta grande haha é que eu gosto de falar.

2. Durante a escrita do livro acredito que o autor mude de opinião também, mas quando o leitor também expressa sua opinião você segue sua ideia inicial ou a do leitor?

Resposta: Sim, já aconteceu algumas vezes de eu começar o livro com o enredo todo pronto e no meio da história eu mudei de ideia sobre alguma coisa, mas eu nunca mudo de ideia simplesmente pela pressão dos leitores para que algo aconteça. Acho que isso é uma das piores coisas que o autor pode fazer, isso mata toda a diversão de escrever pra mim. Se eu fizesse isso não estaria mais escrevendo o que eu quero e não seria mais divertido, eu sempre escrevo o que eu acho que é o melhor, independente da opinião dos outros. Sempre vai ter pessoas que vão gostar e pessoas que não vão. Já passei por várias situações assim. Nos meus livros HARDER E HARDER 2, por exemplo. Teve uma chuva de críticas sobre o rumo dos acontecimentos, sobre as ações da Laura e do Hardy, mas eu me mantive fiel até o fim. No começo do livro eu imaginei uma coisa e segui com aquilo até o final, mesmo que muitas pessoas tenham desistido de terminar o livro por causa disso.

3. A pergunta anterior acredito que diz muito sobre como encontrar a voz no livro então como costuma fazer isso?

Resposta: Muitas vezes nem eu gosto de algumas ações de alguns personagens, sabe?! E mesmo que seja meio louco de se dizer isso, mas não sou eu que mando, são os personagens. Eles encontram sua própria voz no meio no livro. Claro, eu crio a base deles, mas sempre chega um momento que eu não estou criando e sim apenas transcrevendo o que meus personagens querem dizer ou fazer, é quase como se eles tivessem vida própria. Eles têm a sua própria voz e eles falam o que querem, mesmo que eu ou os meus leitores não concordem. É estranho eu falar isso? Sei lá, eu tento deixar eles falarem por si mesmos e não interferir demais nas ações deles levando em conta os meus gostos pessoais, tento equilibrar o livro colocando coisas que eu gostaria de ler e coisas que os personagens fazem simplesmente por serem eles mesmos. Meu Deus, isso ficou muito confuso? Hahaha

4. Você tem alguma técnica para criar personagens

Resposta: Acho que não. Se você ler meus primeiros livros e os últimos que eu escrevi você vai notar como as coisas evoluíram, não só a escrita como os personagens em si. No começo eu não tinha muita ideia do que estava fazendo (apesar de amar o Aiden, o mocinho do meu primeiro livro). Hoje eu continuo sem uma técnica para criar personagens, digamos assim, mas eu tento fazer com que eles sejam como pessoas reais. Uma coisa que eu gosto muito e eu tento colocar nos meus livros é uma mistura de ficção e realidade. Sabe quando você lê alguma coisa em um livro e pensa "nossa, isso nunca aconteceria na vida real"? Então, meus livros estão cheios de momentos como esse, mas também de momentos em que você pensa "nossa, isso é tão eu." Olha eu falando demais de novo haha resumindo, a resposta é não, eu não tenho uma técnica para criar os personagens.

5. Quando leio seus livros muitas vezes posso ver pessoas reais, com defeitos não simplesmente perfeitos e acho isso incrível, pois mostra que a ficção é o que vivemos e acho que todo personagens é mocinho e vilão dependendo da perspectiva, como você vê isso?

Resposta: Como eu falei na resposta da pergunta anterior, eu gosto de misturar realidade e ficção, então às vezes eu crio um vilão que é ruim até o fim e esse é o único papel dele. Ser o vilão. Mas muitas vezes eu coloco em meus livros personagens que fazem coisas boas e ruins, que tomam decisões erradas, que apesar de serem vistos como "mocinhos" também erram. Pois isso acontece na vida real, muitas pessoas boas erram e fazem coisas ruins. É exatamente como você falou, meus personagens não são perfeitos assim como nós, aqui no mundo real não somos.

6. Você acha que os “viloes” são importantes para história de alguém modo?

Resposta: Acho que depende de cada leitor. Eu, por exemplo, sou o tipo de leitora que precisa de um vilão. Não acho que para o livro ser bom ele necessariamente precise ter aquela pessoa de caráter duvidoso que tenta estragar a vida do mocinho. Não acho um vilão algo essencial em um livro, mas eu gosto muito quando tem um, ou então quando o mocinho é também o próprio vilão da sua história. Acho que dá mais emoção, tem mais drama e me envolve mais. É por isso que eu sempre acabo colocando uma pessoa nos meus livros pra ser aquela que os leitores não suportam, aquela pessoa que tenta atrapalhar o casal ou algo assim. Sendo bem sincera, eu amo "vilões" que não são completamente malvados. Tipo o Warner de Estilhaça-me, sabe? Confesso que eu me apaixonei por ele desde o começo.

7. Os rótulos de mocinho ou vilão já são muito mais trabalhados mostrando que há muito mais profundidade nos personagens, como vemos em muitos livros. Você acha que é importante isso ou é algo que não existe?

Resposta: Claro que eu gosto de livros em que o papel de mocinho e vilão são bem definidos e que o vilão não tem nenhum motivo para ser ruim, ele simplesmente é mau é ponto e o mocinho é bonzinho e ponto. Só que eu gosto muito mais quando, como você disse, existe algo que dê mais profundidade aos personagens, algo que justifique suas ações ou nos façam entender um pouco mais sobre eles. Acho que é importante sim trabalhar esses tipos de personagens e dar mais profundidade pra eles, não acho que seja sempre essencial, mas torna o livro bem mais interessante.

8. Acredito que tanto o autor quanto o leitor fazem parte da história pois ambos crescem ao decorrer do livro. Você acha que o leitor também tem papel importante no livro?

Resposta: Eu acho que o leitor tem um papel muito importante na carreira do autor e isso é óbvio, o leitor tem o poder de animar ou desanimar um autor no Wattpad, por exemplo. Tem o poder de fazer um autor estrangeiro ser publicado no seu país e coisas do tipo. Mas no meu caso, eu nunca deixo meus leitores interferirem no rumo de um livro, eu nunca mudo nada do que está acontecendo se não for porque eu queira, então nesse sentido os meus leitores não têm um papel principal dentro do livro, entende? Eles são muito importantes pra mim, mas eu nunca deixo que eles tenham o poder de mudar a história dos meus personagens, porque se eu fizesse isso não estaria sendo verdadeira com as pessoas. Acho que isso acontece muito com autores do Wattpad como eu, porque a maioria das pessoas lá vai postando um ou dois capítulos por semana e as pessoas acabam achando que têm o direito de mudar e escrever a história como elas bem entenderem, coisa que imagino não deva acontecer com autores que publicam o livro já todo prontinho, né?

9. Você já chegou em algum momento da escrita no qual já travou? Se sim como fez para superar?

Resposta: Acontece o tempo todo comigo. Eu tenho um problema que é; eu tenho milhares de ideias. Se você soubesse a quantidade de livros começados que eu tenho no meu computador! Acho que justamente por ter tantas ideias e querer escrever tudo de uma vez eu sempre acabo travando uma hora ou outra. Acontece de tempos em tempos e eu simplesmente paro e vou fazer outra coisa, fico alguns dias sem tentar escrever, vou me distrair um pouco e depois volto e tento continuar.

10. Para finalizar você tem alguma dica de escrita para os escritores?

Resposta: Sempre que alguém me pede dicas para começar a escrever eu digo tudo o que me ajuda na hora de escrever. Por exemplo, nunca ache que uma ideia é ruim, sempre que pensar em algo escreva em algum lugar. Escreva diálogos, cenas, ideias. Tudo! Mesmo que você acabe desistindo daquela ideia, alguma coisa que você anotou pode te ajudar no futuro. Nunca escreva para os outros, sempre escreva para você, sempre escreva o que seu coração está pedindo. E é claro, tente não desanimar se as pessoas não gostarem do seu livro no começo, todo mundo recebe críticas e pode demorar um pouco até você achar seu público.
Bom, é isso! Obrigada por me chamar para esse projeto!! Beijão

Espero que tenham gostado, não se esqueça de comentar o que achou!
Beijos e até mais!